A especialidade Cirurgia Oncológica emprega de rotina em seus procedimentos um processo de congelamento de tecidos para analisar com detalhes e chegar a um diagnóstico preciso dos tumores e órgãos afetados e ressecados no próprio centro cirúrgico. Este procedimento é especialmente útil em situações clínicas em que não é possível a realização de biópsia prévia à cirurgia ( por exemplo, lesões ovarianas), para avaliar disseminação da doença aos linfonodos e para atestar a margem de segurança da ressecção oncológica, garantindo que não reste neoplasia residual microscópica.
A chamada Biópsia por Congelação, portanto, permite que os patologistas analisem e diagnostiquem rapidamente amostras de tecido enquanto o paciente ainda está na sala de cirurgia. A rápida disponibilização dos resultados ao Cirurgião Oncológico faz com que a equipe ajuste a extensão e a radicalidade da cirurgia. O resultado da congelação, por exemplo, é capaz de responder às seguintes perguntas:
Tal abordagem , além de up-to-date, poupa o tempo, os recursos e a própria saúde e integridade física dos pacientes, já que uma Cirurgia Oncológica realizada com esta técnica pode substituir dois ou mais procedimentos sequenciais a uma primeira cirurgia inadequada, que não teve o cuidado de atestar o diagnóstico oncológico e a partir daí conferir as margens de segurança necessárias para promover o controle total da doença.
Pacientes que NÃO se submetem esta abordagem oncológica, com ressecção total (em bloco) da lesão, associada a margens de segurança, têm maior chance de recidiva do tumor e de metástases à distância.
Como funciona
Durante uma operação, o tecido afetado pelo tumor é transferido para o laboratório de tecidos congelados diretamente da sala de cirurgia. Lá, ele é colocado em uma máquina de micrótomo de congelamento, onde a amostra é congelada em segundos. Uma fatia fina de tecido é extraída da seção congelada, preparada em uma lâmina e colocada sob o microscópio para revisão.
Depois de analisar a amostra, o patologista transmite os resultados do teste ao cirurgião na sala de cirurgia. Imediatamente, o Cirurgião Oncológico pode ajustar a extensão da operação e as estruturas a serem ressecadas de acordo com o resultado e, assim, evitar reoperações desnecessárias.
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