Pacientes em quimioterapia comumente relatam alterações mentais como: dificuldade de se lembrar de coisas ou de concluir tarefas, concentração e capacidade de aprendizado comprometidas e até dificuldade de expressão – busca por palavras.
São queixas comuns que deixam os pacientes frustrados e irritados. Alguns – evidentemente com sintomas mais brandos e senso de humor mais aguçado – fazem piada nas consultas desta condição.
Esta disfunção cognitiva, que culmina com uma perda na função diária, está relacionada à própria quimioterapia e foi chamada de “Chemo Brain” – cérebro de quimioterapia ou “Nevoeiro Quimioterápico”. Pacientes pós C0v1d também relatam sintomas semelhantes.
O que explica essa condição é a lesão dos neurônios, que pode ser causada pelos quimioterápicos, pelo próprio tumor (em caso de neoplasias cerebrais), doenças associadas ou até mesmo por questões relativas ao paciente: genética, estado emocional (depressão e ansiedade), higiene do sono ruim, maus hábitos alimentares, uso de álcool – dentre outros.
A boa notícia é que na maioria dos pacientes os sintomas costumam ser autolimitados, perdurando até a resolução dos seus fatores causais e término da quimioterapia. Quando o tempo de quimioterapia é mais prolongado, entretanto, os sintomas tendem a ser mais intensos e persistentes e há benefício da adoção de uma abordagem multidisciplinar, isto é: uma avaliação neurológica completa, uso de medicamentos ou terapia cognitiva e psicológica podem ser úteis nestes casos.
Além do tratamento dos sintomas, há várias estratégias diárias simples que o paciente pode adotar para melhora de função cognitiva, como por exemplo:
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