Ao ouvir o termo “superalimentos”, você pode imaginar produtos mágicos com habilidades extraordinárias: potentes agentes anticâncer, fontes inesgotáveis de energia, ou elixires para a juventude eterna.
Lembra da onda em torno de alimentos como chia, quinoa, cúrcuma, matcha e goji berries? A tendência desses “superalimentos” é notoriamente transitória e muitas vezes influenciada por campanhas de marketing bem orquestradas.
A origem do termo “Superfood” é enraizada na indústria alimentícia, que, percebendo o poder de influência da nomenclatura, começou a rotular produtos com esta etiqueta para impulsionar as vendas, mesmo que esses produtos fossem simples variações de alimentos já conhecidos e facilmente encontrados em mercados locais.
Dentro dessa categoria, a indústria incluiu alimentos ricos em nutrientes, vitaminas, fibras e antioxidantes, sugerindo que eles poderiam oferecer múltiplos benefícios à saúde, muito além de seu valor nutricional intrínseco.
Contudo, o que muitos não sabem é que a designação “superalimentos” não possui respaldo científico sólido. Organizações como a FDA e outras agências reguladoras não reconhecem ou validam esse termo. Essencialmente, ele é um constructo de marketing, projetado para atrair consumidores, frequentemente ofuscando os benefícios de outros alimentos saudáveis que podem ser mais acessíveis e igualmente nutritivos.
Portanto, antes de ser seduzido pelo próximo “superalimento” da moda, lembre-se: a verdadeira prevenção contra doenças, incluindo o câncer, não se baseia em um único alimento milagroso, mas em uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e fibras – ingredientes que podem ser facilmente encontrados na feira local, sem o rótulo “super” e a etiqueta de preço elevado.