A CIRURGIA LINFÁTICA faz parte do estadiamento e tratamento do câncer de mama trazendo consigo algumas implicações relativas ao pós operatório, recuperação e eventuais sequelas. Se você foi diagnosticada com Câncer de Mama e precisa se submeter a uma cirurgia, leia atentamente as informações deste tecto – são de extrema importância para que seu procedimento seja bem sucedido.
A llinfa é um líquido leitoso que contém os glóbulos brancos ou leucócitos e está presente em todos os tecidos e órgãos do corpo, incluindo a mama. A linfa drena para os vasos linfáticos que percorrem todo o corpo, juntamente com as veias e artérias, até chegar nos gânglios linfáticos (linfonodos), onde é filtrada.
Os gânglios linfáticos ( popularmente conhecidos como “ínguas”) estão em todo o organismo, podendo ser superficiais ou profundos. Os linfonodos sob o braço (perto da mama) são chamados de axilares e podem ser biopsiados ou removidos durante a cirurgia de câncer de mama para verificar se há células cancerígenas que se disseminaram da tumor na mama para o sistema linfático axilar, caracterizando uma metástase linfática ou regional.
O QUE É LINFEDEMA?
Quando estes linfonodos axilares infiltrados por células cancerígenas são removidos cirurgicamente ou tratados com radiação, eles podem ficar bloqueados.
Isso pode impedir a circulação adequada do fluido linfático, que fica represado no braço ou em outras áreas como a mão, mamas ou costas causando o inchaço conhecido como linfedema.
O linfedema pode ocorrer logo após a cirurgia ou muitos anos após o tratamento.
COMO SABER SE TENHO LINFEDEMA?
A maneira mais comum de verificar se há linfedema é medir o diâmetro da parte superior e inferior do braço: o ideal é que seja feito antes da cirurgia, para comparação posterior.
Alguns estudos mostram que a verificação nos primeiros 3 meses após a cirurgia pode levar a um diagnóstico e intervenção mais precoces.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MAIS COMUNS (consulte seu médico imediatamente):
VOU TRATAR CÂNCER DE MAMA, CORRO RISCO?
A cirurgia moderna remove poucos linfonodos axilares, portanto, o linfedema é menos comum do que costumava ser. E os casos que ocorrem são menos graves em termos de impacto no movimento e na aparência do braço.
Não está claro por que alguns desenvolvem linfedema e outros não. Entre os fatores que aumentam o risco citam-se:
QUAIS OS TRATAMENTOS PARA O LINFEDEMA?
A maioria dos casos de linfedema não pode ser curada.
O tratamento visa à melhora da dor, do inchaço, da funcionalidade e movimentos do membro superior.
O tratamento padrão é prescrito e realizado por FISIOTERAPEUTA ONCOLÓGICO e envolve terapia descongestiva complexa, podendo abranger:
DICAS QUE PODEM REDUZIR O SEU RISCO
Embora não seja possível impedir o linfedema de acontecer, sabe-se que alguns fatores, como lesão, esforços repetitivos ou infecção no membro superior podem precipitá-lo. Algumas recomendações: