A histerectomia ( retirada cirúrgica do útero) à qual sua amiga se submeteu para tratar miomas ou sangramento uterino é diferente da cirurgia indicada para mulheres com diagnóstico de Câncer Ginecológico: tumores de colo de útero, ovários ou endométrio.
Para tratamento do Câncer ginecológico existem quatro tipos diferentes de Histerectomia (tipos I a IV), com ressecções progressivamente mais radicais das estruturas (ou até de órgãos) adjacentes em bloco com o útero conforme as características do tumor (localização, tamanho e extensão).
É exatamente por este motivo que, ao avaliar a possibilidade de histerectomia para tratamento de lesões, nódulos e massas na pelve, ovários, trompas e útero – ou até mesmo de NICs ou displasias cervicais – é MANDATÓRIO que seja feito o diagnóstico diferencial com CÂNCER ou neoplasia maligna.
Isto porque a realização de uma histerectomia simples, não oncológica, diante de um câncer não previamente diagnosticado (ou erroneamente considerado como lesão benigna) reduz substancialmente as chances de a paciente ficar curada de sua condição e aumenta o risco de retorno e disseminação da doença no futuro, pelo ‘simples’ fato de que você não teve a cirurgia adequada, no momento certo.
Vai se submeter a uma histerectomia simples? É imprescindível que você discuta abertamente com o seu cirurgião se no seu caso há probabilidade de achado incidental de câncer. Certifique-se de que esta é a cirurgia adequada ao seu caso, em detrimento de investigação adicional ou histerectomia ampliada.
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