Você está preocupada com o sangramento transvaginal após iniciar a terapia de reposição hormonal – e a relação deste evento com o surgimento de câncer?
Convido você a ler recobrar a sua tranquilidade ao ler este texto que preparamos para você, em que desvendamos os mecanismos fisiológicos por trás desse sangramento.
Equilíbrio Hormonal e o Endométrio
Para entender o sangramento transvaginal na terapia de reposição hormonal, precisamos falar sobre o equilíbrio hormonal e o endométrio, o revestimento do útero.
Durante o ciclo menstrual, os níveis de estrogênio e progesterona sofrem flutuações. Quando ocorre a menstruação, há uma diminuição dos níveis hormonais, o que leva ao descamamento do endométrio e ao sangramento.
Terapia de Reposição Hormonal e Equilíbrio Hormonal
A terapia de reposição hormonal busca restabelecer o equilíbrio hormonal em mulheres na menopausa. Ao iniciar essa terapia, os níveis de estrogênio e progesterona podem se ajustar gradualmente, resultando em um estímulo exacerbado ao endométrio.
Estímulo Endometrial e Sangramento Transvaginal
O estímulo ao endométrio causado pela terapia de reposição hormonal pode resultar em um sangramento semelhante à menstruação, conhecido como “sangramento de privação”. Isso ocorre porque o endométrio reage aos baixos níveis circulantes de progesterona em comparação com o restante do esquema de hormônios adotados.
A progesterona tem um efeito considerado “protetor” sobre o endométrio.
Estudos de alta relevância têm demonstrado que o sangramento transvaginal associado à terapia de reposição hormonal é um efeito colateral comum e não deve ser motivo de preocupação grave, sendo raramente associado ao câncer.
Exames de imagem e diagnóstico diferencial com outras condições como hiperplasia endometrial, adenomiose, leiomiomas e pólipos são fundamentais.
Embora a ocorrência de sangramento transvaginal seja frequente na terapia de reposição hormonal, é essencial que você mantenha um acompanhamento médico rigoroso, que leve em consideração todas as hipóteses diagnósticas – incluindo alterações no útero ou no endométrio que sejam suspeitas de câncer.
Lembre-se de que a terapia de reposição hormonal deve ser prescrita e acompanhada por um Ginecologista ou Endocrinologista com experiência e área de atuação em Ginecologia Endócrina. Além disso, busque um médico que pratique Medicina Baseada em Evidências Científicas e que siga as diretrizes e recomendações de Sociedades Médicas das respectivas especialidades. Preze por um tratamento seguro e eficaz, evite modismos e promessas de performance – sua saúde vem em primeiro lugar.
Por fim, tenha em mente que todo sangramento após a menopausa deve ser investigado – com ou sem terapia de reposição hormonal instituída. Portanto se houver suspeitas ou sinais de alterações no útero suspeitas para câncer, associadas ao sangramento, entre em contato com o nosso consultório – especializado em Oncologia Ginecológica. Clique no link e agende sua consulta.